Limpar Portugal

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sexta-feira, 18 de abril de 2008

O 2º dia.

O 2º dia.

No 2º dia, optámos por uma viagem mais curta para podermos jantar e dormir melhor. Foi uma etapa de transição, para ao 3º dia estarmos no deserto, em Merzuga, verdadeiro destino da nossa viagem.
Depois de desmontada a tenda (o interessante é que demorou 2’’ a montar e 2’ a desmontar) fomos levantar dinheiro (MAD - Dirhams Marroquinos) e comprar tabaco (para o André, porque eu há 6 meses que não lhes toco). Bebemos um chá de menta num café na praça Moahmed V e deixámo-nos ficar. Pudemos contactar desde logo, recordando, com a realidade Marroquina: no café, só homens, aos beijos e de mão dada. Já não é isto que nos surpreende, mas voltamos a confrontar-nos com a diferença... que agora é quase natural. A reflexão do meu companheiro tem andado em torno do “potencial mercado de promoção imobiliária”, tantas foram as “paisagens naturais por destruir em nome do betão”... é claro que por aqui o mercado tem o problema da falta da procura... mas pela evolução que está a ter Marrocos, eles chegam lá. Por enquanto vamos tirando (nós e eles) prazer desta espectacular natureza. Quanto a mim, a minha reflexão do dia esteve relacionada com a convivência de um caos de peões e desrespeito pelo cumprimento das regras de trânsito, que parecem coexistir sem consequências negativas para os primeiros (pelo menos aparente). A explicação que encontrei é uma observação que pode ter tanto de factual como de ficcionada: parece que os condutores não esperar nenhum comportamento de auto-protecção dos transeuntes e, assim, estão sempre alerta para qualquer acontecimento inesperado relacionado com eles (por exemplo, uma entrada de rompante na via publica...). É como se os condutores tivessem a obrigação de zelar pelo peões, (valor implícito, que parece ser mais importante que o de cumprir o código da estrada (porque, este, não o cumprem). Isto não é de difícil adaptação... mas parece haver uma diferença na postura que temos que ter (condutores)... em Marrocos. É frequente verem-se ultrapassagens em riscos contínuos ou “stop’s” ignorados, mas a precaução dentro das localidades é clara... e não é pelo polícia ou pelo código, parece ser mesmo por consideração e protecção dos peões...




Acabámos por chegar a Azrou. No segundo dia começaram a ser claros os problemas com a engrenagem de velocidades... estávamos a ficar apreensivos. O tempo continuava chuvoso e as paisagens da viagem, sendo bonitas não são o espectáculo dos dias que se seguem

A noite correu bem, mas cheia de chuva (a tenda do meu irmão foi aprovada).

Amanhã vamos acordar cedo. É para dormir no OASIS em Merzouga...


Quanto às opções para este segundo dia, estou convencido que ganhávamos com uma viagem mais longa e rápida para o Atlas/Deserto... É claro que há muito para se ver em Marrocos... mas nós, nesta viagem, íamos à procura do Sul.

NOTA: Estava constipado... mas a ficar melhor. Tomava paracetamol de 12 em 12 horas e a coisa aguentava-se bem.


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