
Para mim, era a pista que tinha ficado por fazer nas anteriores viagens a Marrocos, e fui lá para a experimentar. Ainda em Merzuga fomos abordados por uns par de guias a quem na véspera dissemos que iríamos fazer esta pista sozinhos... Procuram avisar-nos (ou melhor, amedrontar-nos) do perigo que havia em nos perdermos e irmos parar à Argélia... Nós resolvemos avisá-los (ou melhor, amedrontá-los) do perigo que corria a profissão deles com os GPS ...
Começámos por fazer a parte inicial do percurso no (novo) asfalto até Taouz. Nesse percurso procurámos identificar a pista do “Parola”, marcada por antigos rodados e algumas pedras elevadas a sinalizá-la. Já em Taouz, entramos na pista e iniciámos a nossa aventura. O dia reservou-se cansativo e cheio de diferenças de paisagens, de cor, piso, tudo... imperdivel para qualquer aventureiro ou amante do TT. Tenho a sensação que todas as pessoas que conheço teriam prazer com esta pista (mesmo aqueles que têm gostos e interesses distintos dos meus). Na fase inicial estivémos muito próximo da fronteira com a Argélia, passávamos por em pistas em rios secos, havendo diferenças significativas entre a rota que nós seguimos e a que tínhamos gravada no GPS. Encontrámos algumas populações, numa delas acabámos por deixar os materiais e roupas que tínhamos connosco (numa associação para o desenvolvimento local). Foi numa das últimas terrinhas que encontrámos um grupo de 5 motards espanhóis que faziam o mesmo percurso que nós. Estavam parados, movidos pelo conselho dos locais que refriam haver muito pó na travessia de um rio numa fase mais avançada da pista. Nós acabámos por seguir viagem, de facto encontrámos muito pó... mas nada de complicado... tudo corria lindamente e havia muito espaço para parar e contemplar a vastidão das paisagens... soberbas. Foi num destes momentos que passaram por nós os motards espanhóis. Mais à frente cruzámo-nos com dois ingleses, um Land Cruiser e um Patrol... Nos primeiros 100Km, havia albergues para receber os turistas... mas nós tínhamos planeado fazer o almoço no meio do nada. Pensamos em encontrar uma sombra... e 10 minutos depois, desistimos, parámos, fizemos o almoço e comemos...

Quanto à “pista do Parola”, o meu colega André estava sempre a perguntar se estávamos na “pista do Parola”!!! Ele até poderia achar que era uma qualquer mineral da região, ou um herói local... mas não, ele sabia quem era o Parola.
Quanto aos leitores deste blog, aconselho-vos esta viagem, que mais não seja, só pela pista... uma pequena aventura emocionante, com paisagens impressionantes. Se leste isto... só perdes de ainda não estares a programar esta tua viagem para fazeres a pista Merzuga – Zagora... em 4X4.
VER FOTOS DO 5º DIA
1 comentário:
Boas, Man
Até me arrepio de ler isto e parece que estou a viver essas emoções.
Estou ansioso por basar daqui e curtir aqueles lugares e pistas.
Mas desta fez vou 15 dias.
Inté.
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